Millôr Fernandes era um pensador, um filósofo de superfícies
e profundidades. Usava como método desenhos, frases curtas e haicais. Tudo que
ele queria dizer estava ali em traços espontâneos, soltos e leves de imensa
habilidade. Íntimo de cores e materiais fazia festa com nanquim, guache, lápis,
cera ou computador. Um gênio, segundo amigos e colegas que trabalharam com ele.
“O Millôr é o mentor, o capitão de um time admirável, de uma geração
prodigiosa. Fortuna, Claudius, Ziraldo… todos foram influenciados por ele”,
conta o cartunista Cássio Loredano, consultor do Instituto Moreira Sales sobre
o acervo de Millôr. E acrescenta: “Ele é um curinga. O homem dos sete
instrumentos. Ele é excelente. Não tem uma coisa em que se destaque mais”.
Fonte: Correio Braziliense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário