MARCHINHAS
DE CARNAVAL
ORIGEM
A
marchinha é produto da mistura da polca ao one-step e ao rag-time norte
americanos e aparece no carnaval carioca
em 1920. A marchinha caracteriza-se por ser de modalidade de fundo de brejeiro,
fácil de reter e dançar, e por prestar-se à crítica, à sátira, à galhofa.
Põe-se assim, em consonância com o espírito da metrópole da alegria, razão pela
qual logo se tornou um dos atrativos maiores do carnaval cantado no Rio. Ao
lado do samba, a marchinha passou a formar dupla principal dos ritmos da grande
festa do povo. Muitos a consideram banal como ritmo, mas o certo é que a
marchinha é o ponto alto do carnaval carioca. Enquanto o samba é geralmente
sentimental, romântico e chorão na fase carnavalesca, embora de maior
sonoridade, a marchinha é viva, crepitante, buliçosa, por vezes canalha e,
portanto, bem mais carnavalesca. O samba é poético ou filosófico; a marcha é
caricatural e gargalhante, brejeira e maliciosa. A malícia é exagerada. Em
muitos casos o duplo sentido nem chega a ser duplo e alguns compositores faziam
versos fáceis de serem substituídos nas horas de maior entusiasmo, pois as palavras
e frases do original já sugeriam a troca. No cancioneiro carioca, estão
inscritas centenas de marchas carnavalescas que, alé, do êxito popular
alcançado, são magníficas produções, consideradas como clássicos de música
popular brasileira. A marchinha é uma das cinco modalidades da cantiga
carnavalesca do Rio. É mais de Momo do que o samba, que surge a qualquer tempo.
Fora do carnaval, a marchinha é rara. Aparece por vezes nas comemorações
juninas ou natalinas, ou para fixar uma festa ou acontecimento de vulto.
Fonte:
Site: Carnaval. hlera.com. br
Nenhum comentário:
Postar um comentário