“O líder é alguém que nos inspira a não ‘apequenar’
a vida, o trabalho, a empresa, a comunidade, a nação, o mundo.” (Filósofo Mário
Sérgio Cortella).
Insubstituível
(Desconheço
o Autor)
Na
sala de uma reunião de uma multinacional, o diretor nervoso fala com sua equipe
de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada uma
ameaça: “Ninguém é Insubstituível.” A frase parece ecoar nas paredes da sala de
reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns baixam a cabeça.
Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara
para triturar o atrevido:
_
Alguma pergunta?
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Tenho sim.
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E Beethoven?
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Como? – o encara o diretor confuso.
_
O Senhor disse que ninguém é insubstituível e que substituiu Beethoven?
Silêncio...
E
o funcionário fala então:
_
Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e achei
muito pertinente falar sobre isso.
Afinal
as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo
continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que,
quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Quem substituiu
Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos
Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pele / Paul
Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Etc... Todos esses talentos
marcaram a história, fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja,
fizeram o seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis. Cada ser
humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.Está
na hora dos líderes das organizações reverem sés conceitos e começarem a pensar
em como desenvolver o talento de sua equipe, focando no brilho dos seus pontos
fortes e não utilizando energia em reparar seus “erros / deficiências”. Ninguém
lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, e
Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranoico... O que queremos é
sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discussões memoráveis
e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Cabe aos líderes de sua
organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os
pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do
sucesso de seu projeto. Se seu gerente / coordenador, ainda está focado em
“melhorar as fraquezas” de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder
/ técnico, que barraria Garrincha por ter pernas tortas, Albert Einstein por ter
notas baixas na Escola, Beethoven por
ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos. Seguindo
esse raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos, não
haveria montanha, nem lagos nem cavernas, nem homens, nem mulheres, nem chefes
nem subordinados... Apenas peças. Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos
Trapalhões “foi pra outras moradas”. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé
entrou em cena e falou mais ou menos assim! Estamos todos muito tristes com a
“partida” de nosso irmão Zacarias... E, hoje para substituí-lo chamamos...
Ninguém... Pois nosso “Zaca é insubstituível.” Portanto nunca esqueça: Você é
um talento Único... Com toda a certeza Ninguém te substituirá! “Sou um só, mas
ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer
tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso.”
“No
mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é..., e outras...
que vão te odiar pelo mesmo motivo... acostume-se a isso..., com muita paz de
espírito...”.
“Vencer
não é sorte. Vencer é se comprometer com o sucesso que você quer alcançar.” Qual
é o resultado que você deseja para você e a sua equipe? O que motiva alguém é o
mais importante. Precisamos entender que SER é mais importante do que TER ou
FAZER. Cabe ao Gestor / Chefe dar vez e voz à sua equipe, valorizando os
saberes, vivências e experiências de cada um.
Pense
nisso!
É
Bom Refletir e se Valorizar!
Um
abraço... INSUBSTITUÍVEL!!!
Valéria.