O
ESPÍRITA E AS ALEGRIAS DO CARNAVAL
Escrito
por Eliana Haddad
Se estivermos atentos à
nossa sintonia vibratória, poderemos atrair a
verdadeira alegria, levando muito amor no nosso estandarte.
Todo
espírita sabe que não é perfeito e qual o maior segredo para se manter fiel às
leis divinas e atingir mais rapidamente a felicidade: orar e vigiar. Na maioria
das vezes, porém, esta máxima ensinada por Jesus só é lembrada em momentos
extremos – num grande perigo, oramos; numa cruel perseguição, vigiamos. Ainda
custamos compreender que oração não quer dizer pedido e que vigília não
significa olhar o outro. Muito mais que isso, orar e vigiar significam estar em
comunhão com o Criador e, com a aproximação do carnaval, ainda ficamos
divididos com relação ao nosso posicionamento sobre essa tradicional festa
popular. De um lado, ficamos temerosos com as obsessões; de outro, sentimo-nos
não só curiosos, mas realmente atraídos e mergulhados no assunto, pelos noticiários,
pelo colorido, pelas músicas, pelas imagens na TV, nos jornais ou revistas.
Diante
de tantas mensagens de permissividade e sensualidade, como se tudo parasse
porque é carnaval, acabamos nos sentindo inseguros em participar de alguma
forma deste período de folia, onde muitas vezes a libertinagem rompe regras,
agredindo concepções sociais estabelecidas, transformando-o em espetáculo
bastante característico, verdadeiro tesouro comercial para o mundo das
comunicações.
A VISÃO ESPÍRITA
E,
para nós, espíritas, o que muda nesta época? Afinal, como devemos encarar o
carnaval? A resposta é simples: devemos encará-lo da mesma forma com que
convivemos com tantos outros acontecimentos terrenos. Somos espíritas do mundo
e no mundo e, uma vez que evoluímos em sociedade e estamos inseridos, portanto,
na cultura e história da nossa própria civilização, nosso dever sempre será
buscar o progresso, esforçando-nos para vencer obstáculos, vícios e
imperfeições, seja lá qual for o ambiente.
A
resposta é única e deve servir também para sanar qualquer outra dúvida que nos
surja. A lei divina, na qual está inserida a necessidade do progresso, será
sempre a mesma em todas as épocas e em todos os lugares, devendo os princípios
cristãos ser vivenciados e exemplificados na sua integridade. Para que possamos
ser verdadeiros homens de bem, a condição é que nos esforcemos para combater
vícios de qualquer natureza, que acabam por nos escravizar, impedindo-nos de
exercer a alegria de sermos livres. A doutrina espírita nada proíbe, mas mostra
ao homem a importância da sua responsabilidade, através da fé raciocinada.
Somos livres, sim, para realizar qualquer desejo, desde que assumamos as
consequências de nossos atos. Responsabilidade não sai de férias nos dias de
folia. Colheremos sempre aquilo que plantarmos.
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