BRINCADEIRAS
DE CRIANÇA... COMO ERA BOM! (PARTE II)
Para
mim, que tive uma infância tão rica e bem aproveitada, é triste imaginar
que muitas crianças mundo afora são privadas do seu direito de
brincar, estudar, de ter uma família que as ame e as proteja. Eu me lembro
perfeitamente de como o quintal da casa dos meus pais era enorme quando eu era
criança. Ali eu vivi as mais incríveis aventuras da minha infância. Os pés de
goiaba, manga, banana, coco e jenipapo tornavam-se brinquedos de um grande
parque-de-diversões. Também brincávamos (eu e as minhas amigas da vizinhança)
dos jogos tradicionais, é claro, como academia (hoje amarelinha), corda de
pular, queimado, rouba-bandeira, peteca, trinta e um alerta, e fazíamos cozido.
Era a maior farra! Tinha a brincadeira de Passa o Anel, onde as crianças
fechavam as mãos “como em prece” e outra ia passando o anel, aquela que ela
gostasse mais, deixava o anel, sem os outros saberem, aí iam adivinhar que mãos
estavam o anel. Outra brincadeira era tô quente, tô frio” em que se escondia um
objeto e o outro ia procurar, e perguntava – tô quente? De acordo com a
proximidade do objeto, os outros gritavam tá quente ou tá frio. Brincávamos
também de “telefone de cordão”, a gente serrava as latas ou caixas de talco,
colocava um grande cordão com uma distância de dez ou quinze metros, e
falávamos um com o outro. Era a maior curtição! Brincávamos de rodas, “Pai
Francisco entrou na roda/tocando o seu violão, O Cravo brigou com a Rosa” e
muitas outras cantigas. E tantas outras
brincadeiras saudáveis, que existiam naquela época. Eram brincadeiras simples,
cheias de alegria. Brincávamos pelas ruas, pelas calçadas, existiam poucos
carros, as ruas não eram calçadas, ou quando eram, dava para brincar.
Brincávamos nos quintais de todas as casas, nas árvores, era a criançada solta,
cheia de alegria. Os meninos mais afoitos, as meninas mais tranquilas. Era
tempo bom, da inocência, da pureza. Às vezes saia uma briga de bofete ou tô de
mal, e colocava-se os dedos iguais das duas mãos e dizia: corte aqui, estou de
mal. Depois as pazes eram feitas e ficava tudo bem. Coisas boas devem ser
sempre relembradas e é por isso que conto estas passagens da minha vida. Bons
tempos! Além de todas estas brincadeiras saudáveis, nós tínhamos bastante
imaginação e criatividade.
Oh!
Que saudades da minha infância! Época maravilhosa, sem igual! Curti demais!
Valéria.
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