segunda-feira, 29 de junho de 2015

Memórias


BRINCADEIRAS DE CRIANÇA... COMO ERA BOM! (PARTE II)
Para mim, que tive uma infância tão rica e bem aproveitada, é triste imaginar que muitas crianças mundo afora são privadas do seu direito de brincar, estudar, de ter uma família que as ame e as proteja. Eu me lembro perfeitamente de como o quintal da casa dos meus pais era enorme quando eu era criança. Ali eu vivi as mais incríveis aventuras da minha infância. Os pés de goiaba, manga, banana, coco e jenipapo tornavam-se brinquedos de um grande parque-de-diversões. Também brincávamos (eu e as minhas amigas da vizinhança) dos jogos tradicionais, é claro, como academia (hoje amarelinha), corda de pular, queimado, rouba-bandeira, peteca, trinta e um alerta, e fazíamos cozido. Era a maior farra! Tinha a brincadeira de Passa o Anel, onde as crianças fechavam as mãos “como em prece” e outra ia passando o anel, aquela que ela gostasse mais, deixava o anel, sem os outros saberem, aí iam adivinhar que mãos estavam o anel. Outra brincadeira era tô quente, tô frio” em que se escondia um objeto e o outro ia procurar, e perguntava – tô quente? De acordo com a proximidade do objeto, os outros gritavam tá quente ou tá frio. Brincávamos também de “telefone de cordão”, a gente serrava as latas ou caixas de talco, colocava um grande cordão com uma distância de dez ou quinze metros, e falávamos um com o outro. Era a maior curtição! Brincávamos de rodas, “Pai Francisco entrou na roda/tocando o seu violão, O Cravo brigou com a Rosa” e muitas outras cantigas.  E tantas outras brincadeiras saudáveis, que existiam naquela época. Eram brincadeiras simples, cheias de alegria. Brincávamos pelas ruas, pelas calçadas, existiam poucos carros, as ruas não eram calçadas, ou quando eram, dava para brincar. Brincávamos nos quintais de todas as casas, nas árvores, era a criançada solta, cheia de alegria. Os meninos mais afoitos, as meninas mais tranquilas. Era tempo bom, da inocência, da pureza. Às vezes saia uma briga de bofete ou tô de mal, e colocava-se os dedos iguais das duas mãos e dizia: corte aqui, estou de mal. Depois as pazes eram feitas e ficava tudo bem. Coisas boas devem ser sempre relembradas e é por isso que conto estas passagens da minha vida. Bons tempos! Além de todas estas brincadeiras saudáveis, nós tínhamos bastante imaginação e criatividade.
Oh! Que saudades da minha infância! Época maravilhosa, sem igual! Curti demais!
Valéria.











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