NOSSA
SINGULAR NATUREZA
Biologicamente, todos os homens
somos classificados como Homo
Sapiens. Apesar de fazermos parte da mesma espécie e sermos categorizados
de maneira idêntica, são inegáveis as diferenças entre os seres humanos. E não
nos referimos apenas às diferenças físicas, mas, em especial, às diferenças
morais e intelectuais. Esse campo se torna ainda mais vasto se pensarmos sobre
nossos dons e talentos: alguns aparentamos sermos feitos para as artes; outros,
para as ciências exatas e outros, ainda, para as tantas faces das ciências e do
conhecimento humano. De tal modo, podemos pensar num sem-fim de vocações e
possibilidades. Dessa forma, percebemos que, embora pertencentes à mesma
espécie, oriundos da mesma origem físico-espiritual, possuímos talentos,
atributos e dons distintos.
Conta-se que, há muitos
anos, um homem bastante sábio encontrou em seu caminho uma cobra que fora
vítima de uma armadilha e estava morrendo queimada. Por ter um coração
generoso, ele decidiu tirá-la do fogo. Todavia, quando assim o fez, a cobra,
assustada e sentindo-se em perigo, o picou. Pela reação da dor que sentiu o
homem a soltou e ela novamente caiu nas labaredas. Pela segunda vez, o homem
tentou tirar a cobra de seu sofrimento e ela o picou, mais uma vez. Um jovem
rapaz, que acompanhava o sábio em sua jornada, o questionou: Desculpe pela
ousadia, meu bom homem. Mas percebo que o senhor é muito teimoso! Não percebe
que, em todas as vezes que tentar retirar a cobra do fogo, ela irá picá-lo?
Esse animal não merece salvação. Deixe que ele queime nas brasas! Enquanto
fazia uma terceira tentativa de salvar a cobra e, sendo novamente picado, dessa
vez salvando-a, redarguiu ao jovem: Meu nobre rapaz, a natureza da cobra é
picar. E isso não irá mudar a minha natureza, que é ajudar.
Redação
do Momento Espírita, com base em conto de autor desconhecido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário