Balé
Balé (do francês Ballet)
é o nome dado a um estilo de dança que se originou nas cortes da Itália renascentista durante o século XV, e
que se desenvolveu ainda mais na Inglaterra, Rússia e França como uma forma de dança de concerto.
As primeiras apresentações diante da plateia eram feitas com o público sentado
em camadas ou galerias, disposto em três lados da pista de dança. Elas são
realizadas principalmente com o acompanhamento de música clássica.
O balé é um tipo de dança influente a nível mundial que
possui uma forma altamente técnica e um vocabulário próprio. Este gênero de
dança é muito difícil de dominar e requer muita prática. Ele é ensinado em
escolas próprias em todo o mundo, que usam suas próprias culturas e sociedades
para informar esse tipo de arte. As diferentes técnicas de balé, entre elas
mímica e atuação, são coreografadas e realizadas por artistas formados e também
acompanhadas por arranjos musicais (geralmente de orquestra mas,
ocasionalmente, vocal). É um estilo equilibrado de dança que incorpora as
técnicas fundamentais para muitas outras formas de dança. A sua forma mais
conhecida é o balé romântico ou "Ballet Blanc", que
valoriza a bailarina em detrimento de qualquer outro
elemento, focando no trabalho de pontas, fluidez e movimentos acrobáticos
precisos. Esta forma utiliza como figurino o convencional tutu francês de cor branca.
Atualmente existem várias outras modalidades de balé, entre
eles balé expressionista, neoclássico e modalidades que incorporam elementos da
dança moderna.
Os princípios básicos do balé são: postura ereta; uso do en dehors (rotação externa dos membros inferiores), movimentos circulares dos
membros superiores, verticalidade corporal, disciplina, leveza, harmonia e simetria.
História
O balé surgiu no século XV, durante a Renascença, nas cortes italianas, embora o seu desenvolvimento tenha sido maior nas cortes
francesas, no século XVII, durante o reinado de Luís XIV fato que refletiu diretamente no vocabulário do balé. Apesar das grandes
reformas de Noverre no
século XVIII, o balé entrou em declínio na França depois de 1830. Entretanto
ele continuou a ser aperfeiçoado na Dinamarca, Itália e Rússia.
Às vésperas da Primeira Guerra Mundial este gênero de dança foi reintroduzido
na Europa Ocidental por uma empresa russa: a Ballets Russes de Sergei Diaghilev que veio a ser influente em todo o mundo. A companhia de Diaghilev se tornou o destino de muitos dos bailarinos russos treinados que
fugiam da fome e da agitação que se seguiu à revolução bolchevique. Estes
bailarinos trouxeram muitas das inovações coreográficas e estilísticas que
tinha florescido com os czares de volta ao seu lugar de origem.
No século XX, o balé continuou a se desenvolver e teve uma
forte influência sobre a dança de concerto. Por exemplo, nos Estados Unidos o coreógrafo George Balanchine desenvolveu
o que hoje é conhecido como balé neoclássico. Os
desenvolvimentos posteriores mais conhecidos incluem balé contemporâneo e balé pós-estrutural visto no trabalho de William Forsythe na Alemanha.
Balé Clássico
O balé clássico é o mais metódico dentre todos os estilos de
balé e também é o que mais adere às técnicas de balé tradicionais. Existem algumas
variações em relação à área de origem deste gênero, entre elas, o balé russo, francês, italiano, dinamarquês. Entretanto, nos últimos dois
séculos, a maioria dos fundamentos do balé é baseada nos ensinamentos de Blasis.
Os estilos mais conhecidos de balé são o método russo, o
método italiano, o método dinamarquês, o método Balanchine ou método New York
City Ballet e os métodos Royal Academy of Dance e Royal Ballet School derivados do método Cecchetti.
As primeiras sapatilhas de balé tinham as pontas
terrivelmente pesadas para permitir que a bailarina ficasse na ponta dos pés
facilmente e aparentasse leveza. Mais tarde ela foi convertida na atual
constituição, onde uma “caixa” abriga a ponta dos pés da bailarina e lhe dá
suporte para manter o equilíbrio.
Balé Contemporâneo
O balé contemporâneo é uma forma de dança influenciada pelo
balé clássico e pela dança moderna. Utiliza a técnica e o trabalho nas pontas
dos pés vindos do balé clássico. Este tipo de dança permite uma maior amplitude
de movimentos que não são comuns nas escolas tradicionais de balé. Muitos de
seus conceitos vêm de ideias e inovações ocorridas na dança moderna do século
XX.
Ariadna Georgia é frequentemente considerada como tendo sido
o pioneiro do balé contemporâneo, através do desenvolvimento do balé
neoclássico. O balé neoclássico é importante para a evolução do corpo humano.
Fonte: Wilkipédia.
Solange:
A História de uma carreira desenhada / delineada na ponta dos pés
Já
reparou o que você faz quando ganha um presente que tanto queria, ou seu time
faz um gol, ou recebe uma notícia que deixa você muito feliz? Pula de alegria,
não é? Você faz isso porque está obedecendo a um ritmo interno, e seu corpo se
movimenta para expressar esse sentimento.
Assim
surgiu a dança: pela necessidade de o homem pôr para fora suas emoções. Antes
de procurar se comunicar com palavras, as pessoas já se expressavam com
movimentos corporais. Por isso, a dança é considerada a mais antiga das artes,
e talvez a mais completa também, pois quem dança ao mesmo tempo cria um
movimento e o expressa através do próprio corpo.
Para a
minha prima, Solange, a dança sempre teve grande presença e importância na sua vida, pois a acompanha ao longo da sua
história – de bailarina e professora de Balé Clássico.
Dançar é
mais do que um simples verbo. Mais do que uma simples ação. Dançar requer
força, disciplina, vontade, paciência, limites... Dançar é um estado de
espírito. É se exercitar, com alegria e descontração ao som de vários ritmos
musicais contagiantes.
O balé é exaustivo e toma muito
tempo, mas também é excitante e criativo, e Sol se dedicou à sua profissão com
bastante perseverança. Seu mundo muito particular – Ser bailarina sim. Porque
ser bailarina é transformar pensamentos em passos de dança. É falar através dos
pés, das mãos, do corpo. É passar a emoção com um gesto. É fazer rir, chorar,
se emocionar, pois dançar é expressar os sentimentos em movimentos. E o balé é
uma das artes mais belas que existe. Por meio da dança e da expressão corporal,
do fio de cabelo até o dedo dos pés é possível exprimir os sentimentos mais
bonitos do ser humano. Dançar é como crescer. Um processo lento, cheio de
surpresas e lutas. A realização de feitos que parecem impossíveis de
concretizar. Acrobacias que exigem muito mais do que horas de treinamento. Que
só a ousadia dos grandes talentos, tem a capacidade de explicar. É um constante
aprendizado, porque é preciso ter talento para saber misturar, em doses certas,
força e sensibilidade. Conhecer limites e capacidades. Sem temer fracassos.
Amar. Amar-se. Sem medos. Corpo e mente em perfeita harmonia. Um ritmo exato, é
a expressão da alma, é tudo aquilo que as palavras não conseguem expressar,
pois as mais lindas palavras são ditas e sentidas no silêncio de um movimento. Em
cada toque multiplicam-se as sensações, em cada queda transcende a emoção, em
cada dança sonha-se com os pés no chão. Em cada passo percorrem-se diversos
caminhos, em cada giro uma viagem ao mundo, em cada olhar transmite-se desejos
de ser feliz e levar a dança ao ápice. Trabalhar
com arte, não é prima, é tão ou mais difícil que qualquer outra profissão,
ainda mais quando seu corpo é seu instrumento de trabalho. Mas quem pensa que
os benefícios do balé clássico se resumem ao aspecto físico, não imagina as
maravilhas que ele faz à alma. Exercitado através da música clássica, o balé
desperta emoções, libera tensões por causa do grande esforço físico e mobiliza
sentimentos. Seus movimentos não se limitam ao chão, explora também o ar em
saltos surpreendentemente belos. O preparo necessário para a execução de cada
movimento, a graciosidade das bailarinas misturadas à força é o que dá toda a grandeza
dessa arte doce e forte.
Dançar, para a professora
Solange, exige uma dose considerável de autodisciplina e para a bailarina
dançar deve ser sempre sem vergonha, sem pudor, com humor e com amor. Dançar é
assim como se apaixonar. É um estado de espírito de eterna felicidade. É como
viajar de olhos abertos e manter a doce imaginação de que ali, no meio do
salão, só existem as batidas do seu próprio coração!
Parabéns prima por tão bela
profissão e por conseguir tocar o céu com a ponta dos pés e caminhar com a
palma das mãos nas nuvens! Pois as mais lindas coisas da vida são sentidas com
o coração!
Balé é arte! Balé é expressão! Balé é
sentimento! E você, bailarina, o expoente máximo da manifestação dessa
incrível, encantadora e maravilhosa dança!
Prá você...
Um carinho meu!
Porque o bom mesmo é Ser Feliz!
Sua prima,
Valéria.
Val querida acabei de ler a sua explanação sobre o ballet. Amei porque vc define muito bem o que é a arte da dança.
ResponderExcluirDedicação,sensibilidade,pontualidade e disciplina ;alem de muita doação o que aconteceu comigo.
Fazendo aulas diariamente por um período de 5 horas no qual via a compensação ,quando me apresentava nos palcos e era agraciada com o aplauso do público. Para vc, prima um grande beijo da prima que lhe quer muito.