CIENTISTAS
DESCOBREM 15 NOVAS ESPÉCIES DE AVES NA AMAZÔNIA
Em 140 anos, é a maior variedade identificada de uma só vez.
Espécies vivem no sul da Amazônia, na região do 'Arco do Desmatamento'.
Espécies vivem no sul da Amazônia, na região do 'Arco do Desmatamento'.
Um grupo
de 15 novas espécies de aves que vivem na Amazônia brasileira foi descrito por
cientistas de três instituições do Brasil e uma dos Estados Unidos. Os
pesquisadores afirmam que essa quantidade identificada é a maior da ornitologia
brasileira dos últimos 140 anos.
Os cientistas reuniram dados de trabalhos feitos
anteriormente, além de análises genéticas e comparações morfológicas, para
chegar à conclusão de que se tratava de novas espécies que vivem no bioma
amazônico, um dos que possui a maior biodiversidade do mundo.
As novas espécies foram encontradas no sul da
Amazônia, em áreas dos estados do Amazonas, Pará, Acre, além de trechos de
Rondônia e Mato Grosso. Quase todas vivem em áreas próximas de rios, como o
Tapajós, Madeira, Roosevelt e Purus, ou em regiões isoladas, ora com vegetação
alta, ora com mata rasteira, conhecida como campina ou campos amazônicos.
Segundo Luis Silveira, professor doutor do Museu de
Zoologia da Universidade de São Paulo (USP) e um dos pesquisadores do trabalho,
os artigos científicos serão publicados entre o fim de junho e começo de julho
em um volume especial da publicação “Handbook of the birds of the world”,
especializada em detalhar novas aves de diversas partes do mundo.
Veja nomes de 12 das 15 novas aves da Amazônia
Rapazinho-estriado-do-oeste
Choquinha-do-rio-roosevelt
Poiaeiro-de-chicomendes
Arapaçu-barrado-do-xingu
Arapaçu-do-tapajós
Choquinha-do-bambu
Chorozinho-do-aripuanã
Cancao-da-campina
Chorozinho-esperado
Cantador-de-rondon
Bico-chato-do-sucunduri
Arapaçu-de-bico-torto
Choquinha-do-rio-roosevelt
Poiaeiro-de-chicomendes
Arapaçu-barrado-do-xingu
Arapaçu-do-tapajós
Choquinha-do-bambu
Chorozinho-do-aripuanã
Cancao-da-campina
Chorozinho-esperado
Cantador-de-rondon
Bico-chato-do-sucunduri
Arapaçu-de-bico-torto
Dados como nomes científicos ou informações sobre localização
e hábitos das espécies não puderam ser antecipados pelos pesquisadores. Não há
imagens registradas de todas as aves, já que, em alguns casos foram
feitas apenas observações e, posteriormente, ilustrações que serão divulgadas
no livro.
O G1 teve
acesso a 12 dos 15 nomes populares da aves (veja ao lado), além da avaliação
sobre a situação destas espécies na natureza.
Para se obter tal informação, Silveira explica que
é feito um cálculo baseado em três fatores: tamanho efetivo da população,
pressão sofrida pelo habitat e características próprias da história deste
animal.
Silveira afirma que o número de novas espécies na
Amazônia pode aumentar nos próximos anos, já que outros animais que
aparentemente ainda não foram descritos já foram localizados pelos cientistas
em incursões pela floresta. “Dessa nova leva, devemos ter mais cinco novas
espécies de aves descritas nos próximos anos”, explica.
Das 15 novas aves, 11 só são encontradas no Brasil.
As demais podem ser vistas também no Peru e na Bolívia. Porém, a descoberta vem
acompanhada de um alerta: ao menos quatro espécies já são consideradas
vulneráveis na natureza: o arapaçu-barrado-do-xingu, o arapaçu-do-tapajós, o
poiaeiro-de-chicomendes e a cancão-da-campina.
Outra coincidência alarmante é que os membros
recém-descritos da fauna brasileira vivem em uma região denominada “Arco do
Desmatamento”, trecho que compreende uma faixa entre a Bolívia e o Brasil, que
passando por Mato Grosso, Pará e Rondônia, e é conhecida pelas altas taxas de
destruição da floresta e queimadas devido ao avanço dos centros urbanos e ao
aumento das atividades agropecuárias.
“Várias destas espécies são bichos com hábitos
especializados. Qualquer alteração nesses pontos específicos pode representar
sua eliminação. Queremos chamar a atenção para esse volume de descobertas para
que se possa tomar uma decisão mais sábia e sustentável para o uso deste
bioma”, afirma.
Amigos,
Curta bastante essa incrível descoberta!
Valeu,Cientistas!
Valéria.
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