FEITIÇOS
DO BEM: DOCE SABOR DA INFÂNCIA!
Viajando
no arquivo feliz da minha infância e tendo como companheira de jornada a minha
memória, os registros de sabores, aromas e prazerosas lembranças das guloseimas
que marcaram a minha infância veio à tona. De repente, fechei os olhos e fiz
uma viagem pelos sabores da minha infância. Nessa viagem revivi momentos
marcantes e lembrei-me de pessoas muito queridas, que fizeram parte da minha
vida. Doces simples e muito, mas muito sabor. Sabor recheado de amor. Amor
recheado de sabor. Tanto sabor que dá pra sentir até hoje. Sabor misturado com
uma ou mais pessoas. Uma coisa foi puxando a outra! São as gavetinhas da
memória... Lembranças carregadas de açúcar e de afeto que deixam a vida da
gente mais leve, como as claras em neve batidas com garfo por minha saudosa mãe
em tempos de delicadezas... As comidinhas e, principalmente os doces que
fizeram parte da minha infância jamais saíram da minha memória. Como se
esquecer do pirulito de açúcar queimado? Ou o puxa-puxa de Dona Lindinalva? O
Quebra- queixo ou japonês? E o algodão doce? Delícia!!! Esses doces marcaram a
minha infância e a de muita gente. Era
uma farra! A molecada de hoje nem sabe o que é isso, será? Muito bom matar a
saudade, né? Hoje, me deu saudade de um passado um pouco mais distante. Infância
que as mãos de Dona Lindinalva fazia coisas deliciosas! Deliciosas como a bala
de puxa-puxa. Infelizmente, ela não está mais aqui para fazer, mas registro os
meus agradecimentos pelo maravilhoso doce que ela proporcionou a mim na minha
já longínqua infância. Olha o Japonês!!! Da minha infância lembro o grito do
vendedor de japonês (ou quebra-queixo) anunciando o doce de coco, aquela
belíssima sobremesa nordestina, era momento de alegria a passagem daqueles
senhores com tabuleiros de aço, equilibrados na cabeça, tripé no braço, uma
espécie de escritório ambulante. E quem não se lembra do algodão doce? Era
conhecido também como “fio das fadas”, era feito com açúcar cristal e corantes
saborizados, que eram (e ainda são) transformados em fios por meio de um
processo de aquecimento e força centrífuga. Ainda é presente em todas as
regiões do Brasil e tradicionalmente vendido nas ruas, como também faz parte
das festas infantis. O doce integra a vida e há mais de 500 anos faz parte da
identidade do brasileiro, que tem nas receitas da família as suas principais
referências culturais. Eles exibem alegria, cores, formas, aromas e texturas
que lembram histórias e momentos marcantes, já que o doce está quase sempre
associado às celebrações e festas populares. Para as crianças é sinônimo de
prazer e de situações alegres. Amigo, eu mostrei pra você o que encontrei nessa
breve viagem. Quem sabe assim você também vai percorrendo seus próprios
caminhos de lembranças e sabores, não é? Posso garantir que será uma
d-e-l-i-c-i-o-s-a viagem, cheinha de aromas, cores e sabores! O que você comia
na infância que mais tem saudade?
Valéria.
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